segunda-feira, 13 de julho de 2009

CPI PRESIDIDA POR COLLOR, BRONCA NA RECEITA E SAÚDE DE ALENCAR...


No retorno do recesso parlamentar – que serve para diminuir a temperatura da crise do Senado em geral e de José Sarney em particular -, o governo do presidente Lula terá de suportar três pressões. Uma, externa, para que a CPI da Petrobras não seja presidida por Fernando Collor de Mello. A outra, interna, com o “fogo amigo” de petistas descontentes com a saída de Lina Vieira da Secretaria da Receita Federal. A terceira é o risco de morte do vice José Alencar – que deixaria Lula sem substituto eventual confiável.

Na CPI da Petrobras, quanto mais o governo consegue adiar seu começo, mais problemas arranja. A oposição já aproveita uma briga interna no PT para convocar Lina Vieira para depor na comissão. A intenção é entender como e por que a Receita Federal aplicou multa à Petrobras por causa da manobra contábil que permitiu à empresa compensar mais de R$ 4 bilhões em impostos devidos em 2008. O principal motivo da saída de Lina foi o desgaste da guerra entre Receita e Petrobras.

Ainda na CPI, o temor é que a oposição consiga emplacar na sua presidência um nome não totalmente ligado ao Palácio do Planalto. Articula-se a indicação de Fernando Collor (PTB-AL) – que poderia representar uma vingança de Roberto Jefferson, timoneiro petebista, para acuar Lula neste meio fim de mandato. Collor deve disputar o comando da CPI com o petista João Pedro (AM). As articulações para a CPI esbarram nos problemas dos escândalos envolvendo a Petrobras e as fundações, os parentes e as empresas ligadas a Sarney. Haja Doril.

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