Do tijolaço.com
....Intrigado, porque os jornais diziam de forma peremptória e com exatidão centesimal que o crescimento econômico teria dado 0,34 % dos votos a mais para Lula, enquanto o Bolsa-Família representaria 3 pontos de crescimento eleitoral, ou três milhões de votos.
Aí fui ver o estudo propriamente dito. Confesso que, como certamente a grande maioria dos jornalistas que publicarma matérias sobre o trabalho, fiquei meio tonto quando me deparei com fórmulas do tipo:Mas fui lendo com mais calma e verificando que, ao contrário do noticiário, o trabalho é bastante criterioso. E não faz afirmações definitivas, ao contrário, apenas identifica uma tendência natural que um programa social possa representar, sobretudo em municípios menores, uma avaliação positiva sobre um governo. Mas deixa claro que a influência do Bolsa-Família (e também do crescimento econômico) não explica o resultado eleitoral. Transcrevo, literalmente:“O que explicaria a mudança no padrão de votação de Lula nas eleições presidenciais de 2006: desempenho da economia ou a massificação do programa Bolsa Família? Ao contrário de boa parte da literatura anterior, a resposta é: nenhum dos dois. O impacto do programa de transferência de renda se mostrou bastante superior ao do crescimento da economia, mas parece não ser a principal explicação para a dramática migração de votos em direção do candidato do PT nas regiões menos desenvolvidas do Brasil.
A grande imprensa, claro, desprezou esta afirmação, salvo exceções.
A grande imprensa, claro, desprezou esta afirmação, salvo exceções.
LEIA NA ÍNTEGRA, AQUI , vale a pena.
Um comentário:
Valmor Stédile — 2 de agosto de 2009 @ 9:37
Que o programa Bolsa Família ajudou na reeleição de Lula não há dúvida, mas na minha opinião o que pesaram mesmo foram, de um lado, a falta de ‘oposição sem cumplicidades’ que só Leonel Brizola podia fazer ou coordenar (Heloisa Helena bem que tentou, mas sucumbiu ao subir nas pesquisas quando pousou de modelo para uma grande revista, tentando tornar-se ‘aceitável’ para as elites) e, de outro, a indiscutível performance dos marqueteiros de plantão que conseguiram cravar a imagem de ‘bom presidente’ no Lula. Quando foi lançado o programa ‘Fome Zero’ pelo governo petista, Brizola o considerou ineficaz para devolver a cidadania plena aos brasileiros, pois era método já implantado em outros países que seguiam receituários neoliberais, enfocando que melhor seria um programa nacional de pleno emprego, que poderia se chamar DESEMPREGO ZERO, dentro do qual aí sim haveria um plano de suplementação alimentar para socorrer às famílias que se encontrasse abaixo da linha de pobreza, enquanto não recuperassem condições mínimas de cidadania.
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