terça-feira, 18 de agosto de 2009

FRENTE DA CIDADE. É PRECISO SERIEDADE.

A discussão sobre empreendimentos nas áreas frontais à cidade já veem de longa data, a considerarmos por esse viés, já é de maior idade, haja visto que esta discussão se arrasta desde os tempos do prefeito Reseck, em 1987, portanto, vinte e dois anos.

Os metros quadrados na área em questão são parcos. A perspectiva de movimentações portuárias precisam ser bem avaliadas, todo e qualquer porto do planeta precisa de uma área de estocagem, quanto mais longe do cais, pior! Portanto, esta discussão precisa se dar no macro, pois, a possibilidade de estarmos inseridos de forma eficaz nas movimentações portuárias por conta da exploração dos campos petrolíferos do pré sal irá exigir este espaço. No aspecto de cargas portuárias precisam ser levadas em conta a cevada (que até hoje não deu as caras, apesar da propaganda governamental), as bobinas da CSN, os tubos da antiga Barbará, hoje Saint Gobain, entre outras, portanto, um excelente primeiro passo seria a definição das perspectivas portuárias e suas reais necessidades.

A manutenção da sede da PF em Angra é necessária para a cidade, sim! Mas há de ser necessáriamente ali? Já foi discutida a sua instalação ao lado do Corpo de Bombeiros, mas parece que não se chegou a um acordo de custos. A questão da marina, discussão como dissemos no início, já de maior idade, precisa ser equacionada em seus prós e contras. Uma grande "garagem" de barcos irá verdadeiramente trazer uma potencial absorção de mão de obra gerando empregos qualificados? Não nos esqueçamos que o espaço sobre o espelho d'agua para a atracação dos barcos pesqueiros e de lazer são verdadeiramentes exíguos. Esta discussão precisa estar envolvendo todos os segmentos. Ou seja: precisa ser travada no seio da sociedade de Angra dos Reis e não tão somente nos gabinetes refrigerados, nada contra a climatização, mas nas ruas, com a participação da sociedade organizada, com certeza seus frutos serão possuidores de maior conteúdo.

Quem saberia dizer quais as perspectivas para Angra por conta das movimentações da Petrobrás?
Quais levantamentos já foram realizados que quantifiquem o retorno de uma Marina no São Bento?
Quais as previsões de crescimento da frota pesqueira e de lazer no município que se utilizaria da frente da cidade para atracação?
Há algum estudo, embasado, sobre a possibilidade de se utilizar o porto com viés turístico, também?

Portanto senhores, a discussão é muito mais complexa que um discordo ou concordo. Não deve em hipótese alguma se resumir a nomes, isto seria política rasteira, grama pêlo de urso.

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