"...Houve uma distribuição de renda, mas não houve uma mudança no caráter de como a renda se concentra no País - um País que tem hoje a postura de descobrir, pelo menos intelectualmente, a importância da ecologia, mas que não foi capaz, ainda, de incorporar, na essência de sua indústria, a relação da produção com o meio ambiente. Ainda somos um País de economia predadora da natureza.
Portanto, no momento em que a gente comemora 55 anos da saída - com um tiro no peito, dado por ele próprio - da vida para entrar na história, de Getúlio, creio que é hora de pensarmos na inflexão que estamos devendo - nós, os líderes que somos posteriores a ele - na história do Brasil. Estamos precisando de outro presidente para fazer uma inflexão, para dobrar, mais do que acelerar; para construir um novo Brasil, mais do que fazer com que esse aí fique mais grande, porque nem "maior" é a palavra certa. E o perfil desse novo Brasil, desse Brasil que exige uma mudança de rumo, é o de um país em que a indústria mecânica não seja mais a fonte fundamental da nossa riqueza; em que a riqueza esteja, fundamentalmente, na indústria do conhecimento - aquilo que os países ditos de ponta, desenvolvidos, estão fazendo.
Hoje, o Brasil é, talvez, se não o maior, um dos maiores exportadores de automóveis. Por quê? Porque os outros países já não estão fazendo automóveis.
Os outros países estão fazendo os robôs que fabricam automóveis no Brasil. O Brasil é um grande exportador de tecidos. Os outros países já não estão fazendo. Os outros países estão fazendo as máquinas de geração nova, robotizadas, que fabricam tecidos. O Brasil é um grande produtor de remédios, mas usando as fórmulas importadas do exterior. Até os nossos aviões da Embraer, que, de fato, são um produto que simboliza a modernidade, analisando-se a essência deles, esses aviões usam inteligência externa naqueles produtos que são de alta tecnologia...." Leia mais AQUI.
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