Criadores de peixe da região de Sinop, em Mato Grosso, usam a criatividade para aproveitar o que antes ia para o lixo. O couro dos animais agora é garantia de renda para as famílias.
Mauro e Rosane Dall'Agnol trabalham com piscicultura em Sinop, no norte de Mato Grosso. O principal peixe criado nos tanques é o tambaqui. Mauro explica que o custo de produção é alto. Por isso, é preciso buscar alternativas para permanecer na atividade. Uma delas é aproveitar o couro do peixe. A experiência começou a partir da necessidade.
"Surgiu de um problema que a gente tinha. O couro vinha se acumulando. Ele ficava entrando em decomposição. Então, surgiu a idéia. Fomos pesquisar e encontramos para curtir", conta Mauro.
Hoje só são jogados fora a espinha e as escamas do peixe. Uma pequena indústria artesanal foi montada com a ajuda do artesão Ernesto Kuhr. Ele já trabalhou com o curtimento de couro de outros animais. O seu Ernesto contou que adaptar a técnica ao tambaqui foi um desafio por causa das escamas.
O couro, que antes era jogado fora, tornou-se mais rentável do que o próprio peixe. O quilo de tambaqui custa hoje em torno de R$ 6,00. Um pedacinho de couro chega a ser vendido para a indústria por R$ 8,00.
Com criatividade é possível ganhar ainda mais: os pedaços de couro costurados se transformam em peças sofisticadas como bolsas, calçados e até artigos de decoração.
Todas as peças são criadas pela empresária Rosani Dall'Agnol, que já faz planos para a nova atividade. "Desde o início a ideia é criar uma marca, criar uma grande indústria", falou.
Adaptado do Portal G1.
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