segunda-feira, 26 de outubro de 2009

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g1.com

TSE aprova todas as 26 inscrições para testar urnas eletrônicas.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou as 26 fichas de inscrições de hackers interessados em participar dos testes de segurança das urnas eletrônicas que serão utilizadas nas eleições de 2010. As fichas aceitas correspondem a dez testes, já que alguns investigadores, como são chamados pelo tribunal, irão atuar em conjunto.


As tentativas de violação das urnas serão realizadas entre os dias 10 e 13 de novembro. Os testes foram organizados pelo TSE como uma forma de comprovar a segurança do sistema eletrônico de votação. As inscrições acabaram na semana passada (19).

Os hackers vão tentar quebrar o sigilo do voto ou alterar os votos digitados, por meio de ataques aos softwares ou ao hardware, entre outras possibilidades. Um dos inscritos propôs que a utilização de ondas eletromagnéticas pode identificar as teclas...Mais.

Opinião.
Lá atrás quando começaram as conversas de que o TSE contrataria hackers para tentarem burlar a segurança da nossa maior expertise eleitoral, depois da compra de votos é claro, a urna eletrônica, muito se discutiu a respeito. A preocupação com a segurança das urnas eletrônicas não é de hoje. As possibilidades de fraudes na contagem dos votos, já foi denunciada por Brizola, lá atrás, no caso Proconsult.

Parece coisa de criança birrenta, a atitude do ministro Jobin, o especialista em tudo, em contrariar ao mundo todo, inclusive nosso vizinho especialista em bugigangas, ao afirmar que as msmas são seguras ao extremo. Pois bem, digamos que no teste que será realizado pelos "hackers", sim entre aspas, pois, aqueles que burlam sistemas bancários, clonam cartões e invadem sítios militares, não se apresentarão para serem cadastrados pelas forças de segurança...é cada coisa que até Deus duvida.

Mas sejamos susceptíveis as boas idéias. Feito o teste e se confirmando que até aquele momento, isso, pois a velocidade das transformações e avanços na área de TI é espantosa, seja segura, por quanto tempo poderá ser garantida essa " segurança"? Dois dias depois, o que era segura pode se transformar em um queijo suíço. E então? A cada eleição um novo teste? Qual a preocupação em se garantir a lisura do pleito através da possibilidade de recontagem dos votos de forma material? São coisas difíceis de se entender.

Aguardemos um pouco mais da pirotecnia. Os hackers de verdade devem estar torcendo para a inviolabilidade. Sinal de eleições " bem servidas" no futuro.

Um comentário:

Aparício Fernando disse...

Em Saquarema-RJ aconteceu um fato muito estranho. Antes das eleições era só andar pelas ruas e perguntar em quem o eleitor iria votar que a resposta era unânime: Pedro Ricardo, candidato da oposição. Pois bem, o rapaz perdeu em todas, eu disse todas as 173 urnas da cidade. Perdeu e perdeu de muito. O mais estranho é que hoje, um mês após as eleições, você vai às ruas e os eleitores continuam unânimes em dizer que votaram em Pedro Ricardo. Seria muito mais cômodo pro eleitor dizer que votou na candidata vitoriosa. Mas não, o eleitor bate o pé afirmando que votou no outro. Curiosamente, é difícil encontrar alguém que confirme que votou na candidata vencedora, que coincidentemente é a esposa do deputado estadual Paulo Melo, presidente da ALERJ. Existem vários relatos da internet e inclusive vídeos no YOUTUBE atestando a vulnerabilidade das urnas eleitorais. Está lá pra quem quiser assistir. O fato é que esse triunvirato: Cabral, Zveiter e Paulo Melo atenta contra a democracia. Todos os poderes encontram-se de um lado só da balança, prejudicando a alternância do poder, principal filosofia da democracia. O fato é que não adianta espernear, pois o TSE, por mais que existam evidências que comprovem, jamais irá admitir fraudes em suas 'caixas pretas'. O ideal seria que a urna eletrônica emitisse, também, um cupom onde mostrasse em quem o eleitor votou. E que esse cupom fosse colocado numa urna tradicional ao lado dos mesários, para fins de comprovação posterior. Uma coisa é certa: nenhum outro país no mundo, depois de examinar, quis comprar nosso ‘avançadíssimo, rápido e moderno' método de escrutínio, nem o Paraguai.