SEMANA LEONEL BRIZOLA
Texto de:
Gilberto Felisberto Vasconcellos
O momento fatal chegou, inesperado, súbito, 21 de junho, 2004, Rio de Janeiro.
O povo comovido no velório.
Órfão.
Triste.
A última homenagem.
Não é só gente do PDT que havia não.
O povo brasileiro ficou sem líder, à deriva, desamparado.
Leonel de Moura Brizola morreu de repente no elevador do hospital. Não foi na cama. Estava de pé.
Cavalo de raça morre na cancha.
Ninguém poderia imaginar.
Ele achava, pelo menos dava a impressão para nós, que não iria partir desta nunca, sem antes chegar no Palácio da Alvorada. Destinado a ser Presidente do Brasil por razões que remontam às batalhas travadas por ele desde jovem em 1945 no Rio Grande do Sul.
No fim da Segunda Guerra Mundial despontava um guri com 23 anos, vocacionado para conduzir o Brasil e o seu povo. Fez tudo, absolutamente tudo, que estava a seu alcance.
Não desistiu.
Não fraquejou.
Não entregou a rapadura.
Lutou até o fim.
Sabia a missão de sua vida.
Mas não conseguiu chegar lá.
Inditoso Brasil.
Leonel Brizola enfrentou a morte sem medo de morrer que nem na Campanha da Legalidade de 1961 em Porto Alegre defendendo o Presidente João Goulart.
Pegou na metralhadora para segurar a democracia, distribuiu arma para o povo.
É a direção política que não transige nem com a morte.
Morrir pela patria es vivir.
O golpe de 64 fez dele o inimigo número um do imperialismo.
O ensaio guevarista da guerrilha.
O exílio dentro do exílio.
O ostracismo para deixá-lo louco.
Leonel Brizola tinha horror do político dirigente fraco de caráter e vacilão.
Quantas vezes não falou que defender o povo brasileiro é para quem tem garra e coragem?
Olha a fisionomia dessa gente aí perguntando como nós – e depois do velho?
Quem o sucederá?
Quem levará adiante seu legado? A repressão contra a política anti-imperialista continuará depois de sua morte. É que nem Tiradentes… Vão querer salgar sua alma. O exemplo dele não pode frutificar, não pode reproduzir, não pode propagar.
Sua memória é subversiva. Vão querer destruí-la em todos os lugares.
A ideologia dominante da classe social dominante é a ideologia do estamento multinacional.
Meio século de história do Brasil. Nasceu na política com a identidade anti-imperialista em seu diálogo com Getúlio Vargas, padrinho de seu casamento com D. Neusa Goulart na casa de Jango.
João Goulart partiu primeiro em 1977. Quando voltou do exílio, Leonel Brizola foi lá em São Borja persignar nos túmulos de Vargas e de Jango.
A Getúlio Vargas nunca deixou de prestar culto e homenagem, consultando-o de 1945 a 2004, dialogando com ele mesmo depois do suicídio.
O que o doutor Getúlio acha? O que ele faria nessas circunstâncias e nessa situação aqui e agora?
Morre o homem, fica o exemplo, permanece o pensamento.
Nunca acreditou no capital estrangeiro trazendo progresso para o país.
O inimigo do povo brasileiro é o imperialismo.
A Carta Testamento de Vargas fecundou o novo líder na compreensão de que o processo espoliativo internacional esmaga o povo e sangra a economia.
As corporações multinacionais, com seus sócios oligarcas aqui dentro, saqueiam nossas riquezas, roubam o fruto do trabalho do povo brasileiro.
Leonel Brizola foi odiado pelos grandes capitalistas, os bispos das Igrejas, os donos dos jornais, das rádios e das televisões.
O povo comovido no velório.
Órfão.
Triste.
A última homenagem.
Não é só gente do PDT que havia não.
O povo brasileiro ficou sem líder, à deriva, desamparado.
Leonel de Moura Brizola morreu de repente no elevador do hospital. Não foi na cama. Estava de pé.
Cavalo de raça morre na cancha.
Ninguém poderia imaginar.
Ele achava, pelo menos dava a impressão para nós, que não iria partir desta nunca, sem antes chegar no Palácio da Alvorada. Destinado a ser Presidente do Brasil por razões que remontam às batalhas travadas por ele desde jovem em 1945 no Rio Grande do Sul.
No fim da Segunda Guerra Mundial despontava um guri com 23 anos, vocacionado para conduzir o Brasil e o seu povo. Fez tudo, absolutamente tudo, que estava a seu alcance.
Não desistiu.
Não fraquejou.
Não entregou a rapadura.
Lutou até o fim.
Sabia a missão de sua vida.
Mas não conseguiu chegar lá.
Inditoso Brasil.
Leonel Brizola enfrentou a morte sem medo de morrer que nem na Campanha da Legalidade de 1961 em Porto Alegre defendendo o Presidente João Goulart.
Pegou na metralhadora para segurar a democracia, distribuiu arma para o povo.
É a direção política que não transige nem com a morte.
Morrir pela patria es vivir.
O golpe de 64 fez dele o inimigo número um do imperialismo.
O ensaio guevarista da guerrilha.
O exílio dentro do exílio.
O ostracismo para deixá-lo louco.
Leonel Brizola tinha horror do político dirigente fraco de caráter e vacilão.
Quantas vezes não falou que defender o povo brasileiro é para quem tem garra e coragem?
Olha a fisionomia dessa gente aí perguntando como nós – e depois do velho?
Quem o sucederá?
Quem levará adiante seu legado? A repressão contra a política anti-imperialista continuará depois de sua morte. É que nem Tiradentes… Vão querer salgar sua alma. O exemplo dele não pode frutificar, não pode reproduzir, não pode propagar.
Sua memória é subversiva. Vão querer destruí-la em todos os lugares.
A ideologia dominante da classe social dominante é a ideologia do estamento multinacional.
Meio século de história do Brasil. Nasceu na política com a identidade anti-imperialista em seu diálogo com Getúlio Vargas, padrinho de seu casamento com D. Neusa Goulart na casa de Jango.
João Goulart partiu primeiro em 1977. Quando voltou do exílio, Leonel Brizola foi lá em São Borja persignar nos túmulos de Vargas e de Jango.
A Getúlio Vargas nunca deixou de prestar culto e homenagem, consultando-o de 1945 a 2004, dialogando com ele mesmo depois do suicídio.
O que o doutor Getúlio acha? O que ele faria nessas circunstâncias e nessa situação aqui e agora?
Morre o homem, fica o exemplo, permanece o pensamento.
Nunca acreditou no capital estrangeiro trazendo progresso para o país.
O inimigo do povo brasileiro é o imperialismo.
A Carta Testamento de Vargas fecundou o novo líder na compreensão de que o processo espoliativo internacional esmaga o povo e sangra a economia.
As corporações multinacionais, com seus sócios oligarcas aqui dentro, saqueiam nossas riquezas, roubam o fruto do trabalho do povo brasileiro.
Leonel Brizola foi odiado pelos grandes capitalistas, os bispos das Igrejas, os donos dos jornais, das rádios e das televisões.
23:00h