Adão Oliveira/Conexão Política -
“Quanto mais eles sorriem, menos eu confio neles”. A frase é de um eleitor, desestimulado com a eleição de outubro. Ele falava das “caras e bocas” que José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) andam fazendo pelo Brasil afora. O dito cidadão faz uma alegação procedente, quando diz que não faz parte do “layout” dos dois favoritos na corrida pelo Planalto o sorriso estampado “na cara”: “não é autêntico”, afirma. É verdade! Os dois candidatos com mais possibilidade de vencer a eleição tem o temperamento bem parecido. Ambos estiveram na luta pela defesa da democracia. Serra se exilou no Chile. Dilma foi presa, pela repressão. Talvez por aí se justifique a fama de turrão que os dois têm. Serra e Dilma fecham a cara, são mandões e antes da pré-campanha “não mostravam os dentes à toa”. Agora, se mostram simpáticos, até cometem a ousadia de sair beijando gente pela rua e concedendo entrevista para cômicos travestidos de jornalistas, que apresentam pelas redes de TV programas pretensamente de humor, desrespeitosos e de gosto, no mínimo, discutível. Por tudo isso se discute em todo o Brasil a mudança de comportamento dos dois mais fortes candidatos ao Planalto. Tanto Serra quanto Dilma chegaram à condição de candidatos alterando o seu estilo pessoal. Ungidos candidatos, se entregaram a marqueteiros que acham que eles precisam sorrir quando não querem, comer buchada de bode que não gostam e frequentar cultos religiosos com os quais não concordam. Isso representa a perda completa da identidade. Os eleitores precisam confiar nos seus representantes, senão vai ter uma quantidade enorme de votos brancos e nulos, na eleição presidencial deste ano.
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