Texto publicado em 07 de Maio de 2010 - 06h46 site portogenteUm dia para ficar na história. Hoje, quando o navio João Cândido cruzar a comporta do dique seco do Estaleiro Atlântico Sul (EAS) e flutuar no mar de Suape, será como proclamar o renascimento da indústria naval no Brasil. O País, que viu o setor submergir nas últimas duas décadas (depois de ter ocupado o segundo lugar no ranking mundial, nos anos 70), concretiza sua retomada. Esse ressurgimento também aponta para uma mudança no mapa da construção naval, que no passado esteve concentrada no Rio de Janeiro e, agora, tem o Estado de Pernambuco como timoneiro desta nova fase. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai testemunhar hoje, ao lado de uma constelação de autoridades, 3,7 mil funcionários do EAS e 2,5 mil convidados, a cerimônia de batismo e lançamento ao mar do primeiro petroleiro fabricado em Pernambuco, do navio nº 1 do Programa de Modernização e Renovação da Frota da Transpetro (Promef).
Sem tradição na indústria naval, Pernambuco precisou empenhar esforço dobrado para capitanear a retomada do setor. O primeiro desafio foi construir, a um só tempo, o estaleiro mais moderno do País e o primeiro petroleiro do empreendimento. Além disso, foi preciso transformar donas de casa, cortadores de cana, vendedores de picolé, comerciantes e outros profissionais das mais diversas categorias em operários da indústria naval. O presidente do EAS, Angelo Bellelis, afirma que essa transformação foi a mais gratificante. Os funcionários provaram que era possível fazer navios em Pernambuco e o estaleiro abriu oportunidades e conseguiu mudar a vida dessas pessoas (leia depoimentos na página ao lado). O tom da cerimônia de hoje realça essa importância do engajamento dos empregados. Vários operários darão seus testemunhos em vídeos. Leia mais aqui.
Um comentário:
Voceis tem razão essas pessoas todas conseguiram se transformar em operário naval só por conta dos estudos,da qualificação que o estaleiro fez.Angra precisa dar educaçaõ para todos com qualidade.
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