“Sérgio Cabral, com o indicativo de apoio do PDT que acabamos de aprovar aqui, começou a construir o caminho da vitória para a sua reeleição”, afirmou o presidente licenciado do PDT-RJ, Ministro do Trabalho Carlos Lupi, ao encerrar a reunião do Diretório Regional do PDT do Rio de Janeiro que nesta sexta (14/5) discutiu, votou e aprovou – por esmagadora maioria – a tese da Executiva de apoio à reeleição de Cabral com a assinatura, pelo candidato, de carta-compromisso com propostas de políticas públicas afinadas com o PDT principalmente nas áreas da educação, da segurança pública e da valorização do funcionalismo. Cabral está fechado com a candidatura de Dilma Roussef à Presidência.
-- Estamos vivenciando algo semelhante ao que ocorreu na reeleição de Lula: apoiamos Lula para o primeiro mandato, rompemos com ele e, depois, na hora da disputa com Alkmin, fechamos com ele na reeleição quando ele assinou carta-compromisso que vem sendo respeitada - disse Lupi que, na abertura, às 18 horas, fizera um balanço nacional do PDT, estado a estado. O diretório também aprovou documento preparado pela Executiva com as normas para a inscrição e realização da Convenção estadual que indicará os candidatos aos cargos eletivos nas eleições deste ano.
Segundo a proposta aprovada pelo PDT-RJ com apenas cinco votos contra, o partido assume o indicativo de apoio a Sérgio Cabral, indicativo este que será confirmado na Convenção estadual programada para 10 de junho próximo, dois dias antes da Convenção Nacional em São Paulo, 12 de junho, que terá as presenças de Lula e Dilma Roussef e consagrará o apoio do partido a eleição de Dilma, já encaminhada pela Executiva Nacional.
O deputado Paulo Ramos, Líder do PDT na Alerj, defendeu a tese da candidatura própria e criticou o apoio a Cabral, defendida pela Executiva. Antes, na abertura, Lupi fizera também balanço da situação das candidaturas ao governo estadual no Rio, fixando-se no seguinte quadro: Gabeira, palanque de Serra; Garotinho, inconfiável, palanque alternando-se entre Serra e Dilma; e Sérgio Cabral, postulante à reeleição, com o apoio de 14 partidos, fechado com Dilma.
“O ideal seria candidatura própria, mas a esta altura não temos candidato capaz de empolgar o eleitorado”, contra-argumentou Lupi explicando ainda que um dado a ser levado em consideração é que no RJ os que apóiam Dilma estão todos, praticamente, reunidos em torno de Cabral: “O Rio repete na prática a aliança em torno de Lula”, assinalou Lupi.
“A melhor aliança possível é com Cabral para fortalecer o partido e eleger de quatro a seis deputados federais no Rio, além de oito a 10 deputados estaduais, tendo Wagner Montes como nosso grande puxador de legenda”, reiterou Lupi ao apresentar a tese da Executiva: aprovar o indicativo de apoio e também a assinatura da carta-compromisso. Lupi leu aos presentes esboço do documento, destacando que ela será finalizado e assinado por Cabral na Convenção PDT-RJ de 10 de Junho, que formalizará o apoio do partido.
Otimista, disse que além do bom desempenho do partido nas eleições deste ano, na sua visão, em 2012 o PDT será decisivo no pleito municipal e, em 2014, “será imprescindível” nas eleições estaduais. Disse também que o PDT terá participação na chapa majoritária deste ano, estando de antemão acertadas as primeiras suplências nas duas chapas ao Senado da coligação e, ainda, participação do partido no próximo governo de Cabral.
A discussão foi aberta, com vários oradores se sucedendo no tempo de cinco minutos, tendo o deputado Paulo Ramos, por defender tese contrária à da Executiva, se manifestado em tempo bem maior com a concordância do plenário. Outros que também fizeram pronunciamentos foram os deputados Brizola Neto, federal, que reforçou a defesa da tese da Executiva; e Wagner Montes, estadual, que fez um balanço de sua atuação reiterando que se sente cada vez “mais PDT”.
Militantes participaram do debate antes e depois da votação, acompanhado por Lupi. Rubens Rezende, o primeiro deles, leu carta de Gessy Sarmento em defesa da candidatura de Garotinho. Índio da Central, camelô fez um relato das dificuldades dos trabalhadores depois do incêndio do camelódromo da Central do Brasil e, também, reiterou seu apoio na condução do partido por Lupi; Bittencourt, do diretório de Magé, relatou questões relacionadas a sua região; e o professor Álvaro analisou detalhadamente as questões relacionadas à votação e a decisão tomada pelo diretório regional, reforçando o acerto da tese vencedora.
Flávio Santiago fez um relato das atividades do movimento negro municipal da cidade do Rio de Janeiro; e José Nerson, o Zézinho da Faferj, falou de remoções e convidou Lupi a visitar comunidades para compreender melhor e poder influir mais, pelo governo federal, nas decisões do Estado e do Município nessas áreas. Já Gustavo Brandão Monteiro e Antônio César se manifestaram sobre a discussão travada e votada pelo Diretório estadual. (OM)
secom pdt.
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