segunda-feira, 18 de outubro de 2010

UM POUCO DE GÁS.

Dilma focou com muita ênfase a questão do gás. A Gás Brasiliano foi exemplo clássico de como os tucanos tratam as questões de interesses nacionais.

Por que o governo paulista, leia-se Serra, pode estar contra a expansão da Petrobrás?

O mercado de gás é deverasmente promissor, principalmente no estado de São Paulo. Hoje, se consome 46 milhões de metros cúbicos/dia. A previsão é de que se chegue a 126 milhões em 2014.

O gás em questão, que abastece o mercado paulista, é fornecido pela Petrobrás e necessariamente revendido pelas Concessionárias. Todas multinacionais.

Pois bem, aos fatos, no primeiro trimestre deste ano foram entregues aproximadamente 48,8 milhões de metros cúbicos dias de gás ao estado. O maior consumidor, ou comprador deste gás, é a própria Petrobras!Pasmem. Para a manutenção em atividades de usinas termoelétricas. Adquiriu, simplesmente, 39,8 milhões de metros cúbicos.Ou seja, nossa Petrobrás, devido às privatizações  do mercado nacional, vende o gás para as multi's e, em seguida o compra de volta, majorado, claro.

Com a aquisição da Gás Brasiliano, que atende o riquíssimo mercado do  noroeste paulista, o lucro gerado com isto seria fantástico para a empresa e, consequentemente, diminuiria a faixa das multi's que hoje dominam o mercado. 

Mas o governo paulista, com Serra, se pôs contra.
Os concorrentes da Petrobras, no negócio eram as seguintes empresas: 

-Mitsubish(Japão)
-Cosan-Shell
-OAS/Cemig
-Santander(Espanha)
-Ashmore Energy(Ilhas kayman-Paraíso fiscal)

 
A atual oferta da Petrobras pela Gás Brasiliano só pôde ser feita porque em 2007 foi revogado o artigo 24 da Lei Estadual nº 9.361/1996, que criou o Programa Estadual de Desestatização. Esse artigo vedava explicitamente “a participação majoritária das empresas estatais federais na Comgás e demais concessionárias de distribuição de gás canalizado que vierem a ser criadas no Estado de São Paulo”. Mas ele foi revogado pela Lei Estadual nº 12.639/07, proposta pelo deputado estadual Antonio Mentor (PT), apesar do veto do governador José Serra. A justificativa do governo para vetar a Petrobras era evitar a concentração econômica e permitir a concorrência no setor."

E FHC já havia impedido o negócio:"Quando soube da formação desse consórcio o então governador de São Paulo, Mário Covas (PSDB) ligou para o então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, pedindo que o consórcio fosse desfeito. FHC então proibiu a Petrobras de entrar na concorrência e a Comgás foi comprada por um consórcio liderado pela BG, Shell e a CPFL."
Tudo com muito mais detalhes aqui.

pdtangra12@hotmail.com   

Um comentário:

Anônimo disse...

As ações da Petrobras estão subindo depois de o candidato Serra subir nas pesquisas e ai o que me diz disto sera que a sem bagagem da dilma tem alguma coisa a ver com isso???