fonte O Fluminense
O PDT poderá ser o fiel da balança na eleição para o Governo do Estado do Rio em outubro. O partido está sendo cortejado pelo atual governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) e o ex-governador Anthony Garotinho (PR), que buscam o apoio da sigla para as suas candidaturas. Durante encontro regional do partido em 23 de janeiro, a legenda havia lançado o indicativo de candidatura própria à sucessão estadual, com o deputado estadual Wagner Montes como cabeça de chapa, por estar bem cotado em pesquisas eleitorais.
O próprio parlamentar colocara o seu nome à disposição do PDT na ocasião, para disputar o Governo do Estado, com o aval do próprio presidente nacional licenciado da legenda, ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Montes afirmou que seria candidato se pudesse contar com um arco de alianças que lhe desse um bom tempo no horário eleitoral gratuito na TV.
Garotinho afirmou em seu site (www.portaldogarotinho.com.br) que se reuniu com Lupi no início do mês, no Rio, e este lhe dissera que estava disposto a apoiá-lo, mas, primeiro, teria que consultar o PDT. Segundo a assessoria do republicano, o ex-governador tem uma linha política muito semelhante a do PDT, que é a popular. Garotinho esteve filiado à legenda durante 18 anos (saiu da sigla em 1999) por divergências com o então presidente nacional da legenda, o ex-governador Leonel Brizola. O PR ofereceu aos pedetistas uma vaga na disputa ao Senado, que ficaria com o deputado federal Miro Teixeira.
Procurado por O FLUMINENSE, Lupi, através de assessoria, confirmou a reunião com o ex-governador, mas negou que ter declarado disposição para apoiá-lo. O secretário-geral do PDT, Carlos Correa, admitiu, porém, que a sigla está dividida.
“Há setores que defendem o apoio à reeleição de Cabral, outros, a Garotinho e outros grupos a candidatura própria, de preferência de Wagner Montes. Estamos conversando com todas as forças políticas. O PMDB e o PR nos procuraram. Vamos discutir o assunto na próxima reunião do diretório fluminense, em 8 de março. Mas, somente decidiremos o nosso rumo na nossa convenção, em junho”, contou o dirigente.
“Temos que estar inseridos na campanha majoritária, com o cargo de vice-governador ou senador, além de participarmos com as nossas propostas. Há bandeiras que o PDT não abre mão, como educação em tempo integral e defesa dos trabalhadores assalariados e aposentados. Existe uma tendência maior em apoiar Cabral, pois integramos o Governo Lula e Lupi ficará no Ministério até o final. No Estado, o PT apóia o PMDB”, lembrou Correa.
No final do ano passado, os prefeitos pedetistas Jorge Roberto Silveira (Niterói) e Aparecida Panisset (São Gonçalo) defenderam aliança com o PMDB.
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